12 de setembro de 2020

Brasileiros adquiriram maus hábitos na pandemia, veja quais são:

pandemia de covid-19 teve diversos impactos no consumo. Com o distanciamento social, um grande contingente de pessoas alterou a forma de comprar, aderindo, em massa, às soluções do e-commerce. Mas, para além disso, houve mudanças nos produtos consumidos.

Uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de mercado Demanda revelou as principais mudanças comportamentais dos brasileiros durante a pandemia. Todas elas, é claro, estão relacionadas à indulgência: é uma forma de aliviar as pressões destes tempos conturbados.

A maior mudança detectada é relacionada ao consumo de chocolate e alimentos à base de açúcar. Entre os entrevistados, 36% afirmaram ter aumentado o hábito, e outros 2% afirmaram ter aderido ao hábito durante a quarentena.

A alimentação também ficou mais desregrada. Cerca de 30% dos respondentes da pesquisa declararam ou exagerar na comida, ou passar a comer com mais frequência, fora dos horários antes habituais.

Houve, ainda, um incremento no consumo de álcool, com 20% dos entrevistados indicando estarem bebendo mais durante a quarentena. Em dimensões mais modestas, a pesquisa também registra o aumento na frequência de jogos eletrônicos e de azar, além do cigarro.

Rigor no isolamento

A pesquisa também mostrou que o abrandamento das medidas de isolamento, observado em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, não tem sido bem vista. Se, em abril, uma edição anterior do estudo mostrou que 35% dos respondentes gostariam de ter medidas mais rigorosas, este número aumentou para 57% na edição mais recente.

Para além da natural preocupação com as infecções e com o controle da curva de contágio, outra razão pode estar relacionada ao desejo de intensificação da quarentena: os aspectos positivos do isolamento.

Segundo o mesmo estudo, 53% dos entrevistados afirmam que as relações com a família mudaram para melhor nos últimos meses. A participação em ações de solidariedade também aumentou para 41% dos respondentes, e a vivência religiosa é mais frequente para 31% deles.